Primeira maior causa de cegueira irreversível no mundo, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), o glaucoma pode passar despercebido pelos pacientes.
Primeira maior causa de cegueira irreversível no mundo, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), o glaucoma pode passar despercebido pelos pacientes. A doença é provocada pelo aumento da pressão nos olhos, que atinge o nervo óptico e pode levar a perda da visão. Dia 26 de maio é o Dia Nacional de Combate ao Glaucoma e o oftalmologista Thiago Padilha, médico cooperado da Unimed Volta Redonda, alerta para os riscos da doença e a importância de consultar o especialista regularmente.
“O glaucoma, em termos básicos, é como a hipertensão dos olhos. Quando a pressão ocular fica alta, atinge o nervo óptico, gerando uma lesão irreversível. Infelizmente, em casos iniciais, não há sintomas. Por isso, aconselhamos que pessoas que não apresentam comorbidades, como diabetes ou hipertensão arterial descontrolada, procurem um oftalmologista pelo menos uma vez ao ano. Já aqueles que possuem alguma patologia, indicamos revisão mais frequente”, explicou Dr. Thiago Padilha.
O glaucoma atinge, em geral, pessoas com mais de 40 anos. Crianças, entretanto, podem nascer com a doença. “Neste último caso, o globo ocular encontra-se aumentado. O diagnóstico é feito logo nos primeiros dias de vida e a indicação é cirurgia. Já nos adultos, que é a grande maioria dos casos, a recomendação será de acordo com o grau de evolução da doença. Na maior parte dos casos, o tratamento é feito com colírios para baixar a pressão dos olhos e, em último estágio, cirurgia”, informou o oftalmologista.
A doença integra o conjunto de comorbidades crônicas existentes. Por isso, não tem cura, mas controle através de medicação. “O tratamento é como uma escada e a última opção é a cirurgia. A taxa de sucesso é de cerca de 80%, mas por conta dos riscos inerentes, evitamos a cirurgia”, finalizou.